quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Triste... flor triste!




Passeio
pelo teu jardim,
quando preciso
de repensar
momentos da vida,
onde procuro a razão!

Olho
todas as flores
e lá estás
num canto
feito para ti!

Gostas
de te fechar em ti!

Não aproveitas
o Sol que te ilumina
e assim te chamo:
triste…
flor triste!

Mas
num destes dias,
venho
com um carinho,
por este caminho,
páro,
olhas para mim,
sorris
e eu feliz,
não te chamarei:
triste…
flor triste,
mas
a rosa viçosa
do jardim do encanto,
jardim de todos os dias,
que me restam…
José Manuel Brazão

PORQUE BROTAM DO SOLO FLORES DA COR DO CÉU
(a menina lamparina)

"Ser apenas alma presa num corpo gerado como todos os outros.
Ser apenas pequeno, olhar de criança admirando a imensidão do céu que tem como teto.
Ser animal, deixar-se despentear pelo vento e aceitar o conceito menos racional.
Querer voar, querer sair cá de dentro e ver sem sentidos, sem a matéria a acorrentá-la ao chão, sem o conhecimento adquirido ao longo dos anos, tantos anos.
Pergunto-me que idade terá este meu espírito velho, por onde se perde ele durante as noites em que o sono é mais forte que a carne.
Ele deve saber porque brotam do solo flores da cor do céu."